terça-feira, 27 de agosto de 2013

O RADIOTEATRO NO BRASIL COMEÇOU ASSIM!

Roberto Salvador

   Quem não gosta de ouvir histórias? As crianças que o digam e que  o digam também os contadores de história e de causos.
Quando nos propomos a ouvir uma narrativa, nossa mente se coloca, de imediato, disponível e elabora um cenário, que agregado ao  que nos chega aos ouvidos, acende o pavio de nossas emoções.
É neste princípio que se  fundamenta a linguagem radioteatral. Ao contrário da televisão, que nos mostra tudo pronto, o rádio nos entrega um produto que deverá ser completado por nós, por nossa imaginação.
   O teatro cego,  fez e continuará fazendo nossa mente viajar por mundos fantasiosos, construindo cenários e ambientes, onde idealizamos os personagens nobres ou indignos, arrogantes ou simpáticos, ricos ou pobres, velhos ou moços, feios ou bonitos. Contando apenas com o texto radiofônico, direto e objetivo, com as vozes dos atores, a  sonoplastia,a sonofonia e a contra regra, acompanhamos, o desenrolar das tramas, intrigas, traições, alegrias e sofrimentos. Rimos com a comédia e os esquetes humorísticos. Choramos com os dramas monumentais.
   Desde os anos trinta, quando surgiu, no alvorecer do rádio, que  o radioteatro vem despertando emoções. Os mais veteranos irão lembrar-se das famosas radionovelas, dos saudosos programas humorísticos, das peças completas e dos chamados programas montados com numeroso elenco de atores, cantores, coro e orquestras. Tudo ao vivo e com muito profissionalismo.
   Por excitar nossa imaginação, mais do que qualquer outro veículo o radioteatro continua, até hoje, despertando o interesse da audiência. Ele se faz presente as diversas peças publicitárias e em alguns programas de diferentes emissoras.
   O fato é que a linguagem radioteatral  explora o que guardamos de mais nobre em nosso íntimo: a imaginação.
   È ai que reside a magia do radioteatro, onde produtor e ouvinte são cúmplices.
   Vou lhes revelar, embora rapidamente, um pouquinho da Era do Radioteatro.
    A primeira radionovela,  surgiu no final dos anos trinta. Chamava-se Mulheres de Bronze. Embora Em busca da Felicidade viesse a marcar época nos anos 40, a novela da Tupi foi realmente a pioneira. 
   È claro que já se fazia radioteatro em outras  emissoras .Eram pequenos esquetes, voltados mais para o humor e os costumes O que mais se aproximava do que conhecemos hoje como radioteatro era o que a grande atriz Cordélia Ferreira fazia na rádio Mayrink-Veiga. O Teatro pelos ares. Peças eram ligeiramente adaptadas para o rádio da seguinte forma: o roteirista lia a peça de teatro e ia assinalando os pontos que deveriam ser suprimidos. Como contou mais tarde Floriano Faissal um dos ícones do velho rádio: “marcava-se uma bolinha, um risco, outra bolinha e o datilógrafo já sabia o que tinha que escrever ou cortar”.
   Daí surgia o script radiofônico. Mas a linguagem do radioteatro ainda não fora descoberta e assim, os atores apenas liam, sem interpretar.
   Meu grande amigo Amaral Gurgel, que  notabilizou-se por ser um dos pioneiros do radioteatro,  fez parte do grupo que deu a grande guinada e colocou os atores para interpretar diante do microfone e não se limitar apenas a ler os scripts adaptados.
   Aos poucos foram se colocando músicas orquestradas, especialmente selecionadas, as quais serviam de fundo para as falas e traziam mais emoção ao texto. Depois se sentiu a necessidade de introduzir passagens musicais. Elas serviam para mostrar ao ouvinte que a cena agora era outra. Os ruídos da contra-regra surgiram  porque era preciso indicar para o ouvinte o que estava acontecendo na cena, sem que necessariamente, tivesse  que se  dizer. Por exemplo, se uma pessoa estava  numa sala e  chegava outra, os passos se aproximando indicavam. Os atores foram buscando posições diante do microfone e entonações para dar profundidade à voz e indicar ao ouvinte se ele estava perto ou distante. Assim, os passos do contra-regra se aproximavam do microfone e o ator fazia o mesmo. O ouvinte  entendia, então, que esse personagem estava chegando da rua, por exemplo.  Aos poucos nascia a linguagem do radioteatro.                                              Surgiam os  radioatores !


   O Teatro pelos ares de Cordélia Ferreira,  foi uma novidade que caiu imediatamente no gosto do público. A audiência, maciça. Peças completas, geralmente com 50 a 60 minutos de duração.  Ia ao ar no horário noturno, depois que as pessoas em suas casas já haviam jantado e iam curtir “ ao pé do rádio”.  
   Como o nome indicava, era um teatro através do ar, mas já com cara de rádio. 
   Já o famoso Programa Casé, foi um marco em nosso  rádio. Aos domingos, começava de manhã e ia até a noite, com 12 horas de duração. Começou como um grande musical, mas em determinado momento, Casé, grande amigo de Roquete-Pinto em conversa com o introdutor do rádio no Brasil resolveu colocar no ar peças de teatro e livros  famosos. Casé dava razão a Roquette ao reconhecer que o rádio também poderia ser um instrumento de cultura.  Com a ajuda do ator Sadi Cabral, eram feitas  adaptações  de títulos famosos:
   Os Miseráveis, O conde de Monte Cristo, Quo vadis, Talita, Os balangandãs de Jou Jou, Ben-Hur, O morro dos ventos uivantes, A moreninha, O corcunda de Notre- Dame, Salomé e outros.
   Como as obras eram extensas e não cabiam em um só programa, apelava-se para o “continua na próxima semana” de modo que isto aumentava ainda mais a curiosidade dos ouvintes.
   Era radioteatro, mas não era radionovela .
                                                                                                                                            Olavo de Barros   fazia teatro e era um conceituado ator e diretor. Uma tarde foi  chamado  pela direção da Tupi para uma reunião. A emissora queria   fazer radioteatro.                                                                                  Ao receber o convite da direção da Tupi para lançar o radioteatro na Tupi aceitou o desafio e... 

NA RADIO TUPI, SURGE O TEATRO CEGO NO FINAL DOS ANOS 30.
   Eram peças completas extraídas de clássicos gregos e operetas. Mas nada de capítulos. A peça acontecia num dia só.
    Sucesso foi extraordinário! Eis que o jovem ator Paulo Gracindo, que se tornaria um mito no rádio e depois na televisão, teve a idéia de trazer para o rádio o folhetim Serpentes de Bronze.
 “... quando eu era pequeno, em Maceió, minha avó já recebia na porta de casa o folhetim. Quando chegava era uma  loucura. A Dos Anjos, empregada antiga, entrava em delírio”,  relatou Paulo Gracindo.
   E assim, Mulheres de Bronze,a primeira novela do rádio, entrou no ar. Não era uma transcrição pura e simples do  folhetim. Era uma adaptação radiofônica, a começar pela mudança do título, usando a linguagem do rádio e utilizando recursos de sonoplastia e sonofonia. Paulo Gracindo era o galã. A mocinha era a excelente radioatriz Norka Smith, tendo o principiante Paulo Porto como vilão.  Olavo de Barros, que dirigia a novela, encarnava também um dos personagens.
   As mesmas emoções que o folhetim  provocara na casa do menino Gracindo, levava as fãs radiouvintes  a escrever cartas e mais cartas para suas vozes preferidas.  Foi necessário que um funcionário da rádio fosse destacado para receber, selecionar e encaminhar para os radioatores, as centenas de cartas que chegavam diariamente à emissora, muitas delas pedindo fotos dos artistassm ver o rosto deles.aminhar as centenas de cartas que chegavam diariamente ________________________. Havia uma curiosidade imensa em ver o rosto deles.            Dera certo no folhetim de papel, deu certo no rádio.

EM BUSCA DA FELICIDADE

Caberia ao excelente locutor Aurélio de Andrade,  por sinal um dos fundadores da Nacional em 1936, anunciar, pela manhã, três vezes por semana:

“Senhoras e Senhoritas, o creme dental Colgate, criador dos mais belos sorrisos e Palmolive, o sabonete embelezador da mais alta qualidade que existe, apresentam”:
Em busca da Felicidade”.
   E entrava o prefixo da novela que era La Golondrina. E a música que marcava o intervalo comercial na metade de cada capítulo era Fascinação.
O sucesso matinal  foi tamanho que a Nacional transferiu o horário das novelas para a noite.
   E  quando a Colgate-Palmolive  comprou o horário das oito da noite, transformando esse horário numa tradição em termos de radionovela, as músicas de prefixo e intervalo comercial permaneceram as mesmas durante três décadas.
   Emissora e anunciantes assumiam que,  realmente, novela de manhã, “era coisa de mulher”. Por isso o locutor anunciava sempre e o fez por quase trinta anos:
Senhoras e senhoritas” ...Mesmo depois que a programação passou para a noite.

   Mas voltemos ao horário matinal.O sucesso de Em busca  foi espetacular. Não se falava em outra coisa nas rodas de conversa nos personagens da novela.
As vendas do creme dental Colgate e do sabonete Palmolive deram um salto.
Os patrocinadores prometiam  enviar um álbum contendo um resumo da novela com fotos dos artistas para quem mandasse um rótulo dos produtos anunciados: sabonete ou creme dental.
   De cara, no primeiro mês, chegaram tantos  pedidos que a promoção teve que acabar por aí!
   O texto  original vinha de Cuba e o autor era Leandro Blanco.Mas o sucesso foi devido à magistral adaptação de Gilberto Martins.
   Ele transformou tipos cubanos em tipos cariocas.
   Para dar um exemplo: no original de Leandro Blanco  havia um  próspero comerciante espanhol que vivia em Havana. Gilberto o transformou em Seu Benjamim Prates de Oliveira, rico comerciante português, muito mais  identificado entre nós, pois naquela época a colônia portuguesa no Rio era imensa.
Na novela, apesar de atuarem  artistas de nome que toparam o projeto, a grande maioria era de  desconhecidos,  que logo se tornaram famosos com o sucesso de Em busca...
   Brandão Filho, Floriano Faissal, Saint-Clair Lopes, Zezé Fonseca, Lourdes e Rodolfo Mayer e uma estrelinha que despontava dona de uma das vozes mais bonitas que o rádio conheceu: Isis de Oliveira. Também atuou na novela uma menininha de sete anos de idade, que se iniciava no rádio: Daisy Lúcidi  que se transformaria numa das maiores estrelas do radioteatro carioca e  depois da televisão. Daisy que abraçou também a carreira política produz e apresenta  programas até hoje.


   Vou falar agora  do maior fenômeno do radioteatro no Brasil. Esta famosa novela estreou na Nacional às oito horas de uma noite de verão,em 8 de janeiro de 1951. O horário já era famoso e tradicional. Às segundas, quartas e sextas-feiras o Radioteatro Colgate-Palmolive entrava no ar  logo após a Hora do Brasil.  As pessoas já haviam jantado e nos subúrbios ou no centro da cidade,onde moravam muitas famílias, era costume abrir as janelas da sala e ouvir a novela no quintal. Muitas casas eram de “frente de rua”, então  as famílias punham suas cadeiras na calçada e ouviam juntos os programas de rádio. O receptores eram aparelhos possantes, a válvula e tinham um bom alto-falante de  oito ou dez polegadas que emitiam um som de boa qualidade. Era bonito se ver as famílias  e os vizinhos, ouvindo atentamente o rádio, aproveitando os pequenos intervalos para fazer comentários. Tempo gostoso em um Rio de Janeiro diferente.
   Voltando à novela: O Direito de Nascer era de autoria do escritor cubano Fèlix Caignet e traduzida por Eurico Silva.
   Conta a sofrida trajetória de Maria Helena do Juncal, filha do oligarca Dom Rafael do Juncal. Eis que Maria Helena se apaixona por um homem casado e acaba engravidando. Quando o pai da moça descobre  fica ensandecido. Para os padrões da época era um deslize gravíssimo, imperdoável. Maria Helena não era apenas mãe-solteira, estava envolvida com um homem casado e isto era o fim! Dom Rafael não quer saber do neto, pois para ele o menino é “um filho do pecado”. Sabendo que o oligarca  planeja matar o neto, uma empregada da família, a negra Dolores, desaparece com a criança. Num lugar remoto  e ignorado  o menino cresce sob a proteção de mamãe Dolores.
O tempo passa e a jovem Maria Helena, desgostosa e desencantada  decide recolher-se a um convento e transforma-se em Sóror Helena da Caridade.
Dom Rafael acalma-se, convencido de que o neto havia morrido. Mas o menino cresce e graças à dedicação de mamãe Dolores,se transforma num jovem e respeitado médico: o doutor Alberto Limonta, que desconhece  sua verdadeira história.
Eis que Dom Rafael sofre um derrame cerebral, perde os movimentos e a fala. Ao ser internado na emergência de  um hospital, tem sua vida salva por um jovem médico, o Dr. Limonta que passa a cuidar dele.
A história segue por ai e se enreda cada vez mais, quando Sóror Helena descobre que Alberto Limonta é seu filho. O jovem médico se apaixona por Isabel Teresa, que é sua prima e é correspondido. Dom Rafael, embora  mudo e paralítico, é lúcido e vê sua angústia aumentar quando descobre que Albertinho Limonta é seu neto. Mas a doença impede que ele, arrependido, fale e conte toda a verdade o que aumenta ainda mais seu sofrimento. E assim segue a história que acaba tendo seus conflitos resolvidos, caminhando, como todas as novelas  de ontem, de hoje e de sempre para um final feliz.
E O RADIOTEATRO AVANÇA!
   Voltando aos  anos quarenta, além da Nacional e da Tupi,outras emissoras   cariocas já possuíam  elencos de radioteatro e algumas novelas.
Destaque para as rádios Mayrink Veiga, Globo, que foi inaugurada em 1944, Clube do Brasil, Ministério da Educação e Tamoio.
A Globo com pouco tempo de inauguração mostrou logo ao que vinha, roubando da Nacional, nada mais, nada menos, que Amaral Gurgel admitindo-o como diretor artístico com alto salário.
Consultando os dados, observamos o crescimento progressivo  do número de novelas irradiadas. De dezenove  em 1943, saltou para mais do dobro no ano seguinte. Entre 1951 e 1952  houve um decréscimo de cerca de 11%. Lembrando que foi em meados de 1952 que se transmitiu o último capítulo de O direito de nascer e em seguida foi iniciada a construção do novo estúdio de radioteatro. Com as obras seria natural um decréscimo na produção. Após um período de implantação em 1953, os números iniciaram uma grande subida em 1954.
Os números citados equivalem a mais de 11.756 horas de irradiação consecutiva. Isto significa que depois de  Em busca da felicidade, se o radioteatro resolvesse transmitir todas as novelas já irradiadas, gastaria 1 ano, 4 meses, 4 dias e 20 horas e trinta minutos. O papel utilizado nesses 23.513 capítulos daria para erguer uma torre de 4 quilômetros de altura. Ainda brincando com os números, poderíamos dizer que registraram-se cerca de 470 mil atuações de atores e atrizes, número superior à população de algumas grandes capitais brasileiras.

MAS, POR QUE TUDO ACABOU?
   O radioteatro sobreviveu até meados dos anos 80, graças ao estoicismo de dirigentes, artistas e alguns anunciantes. Se durante quase 3 décadas o rádio foi praticamente o único meio de comunicação de massa,  dominando o mercado publicitário, foi rápida e progressivamente perdendo espaço e dinheiro para outras midias.
Com o crescimento da televisão, migraram para lá, os grandes elencos, as orquestras, os produtores e o técnicos atraidos pelos melhores salários na crista da onda dos grandes anunciantes.
Foi quando o rádio teve que se adaptar sob pena de sucumbir. Saem as novelas e os programas montados; entra o tripé música, informação e notícia.
   O radioteatro ficou no passado. Se hoje falamos nele com nostalgia, sabemos que deixou suas marcas entre os mais veteranos, que cresceram ao som de novelas, seriados, programas de auditório e humor em um Brasil diferente, rural, sem televisão,  pobre em livros e revistas que tinha apenas o velho rádio como elemento veiculador de cultura e lazer.



FRASES QUE FICARAM FAMOSAS NO RÁDIO.
OS MAIS VETERANOS  SE LEMBRARÃO DELAS!

Melhoral, que contra a dor chega primeiro, apresenta:
Jerônimo, o herói do sertão!
O locutor Waldemar  Galvão,abrindo o programa no final das tardes.

Me aconselha, seu Júlio Louzada!
Assim terminavam os depoimentos de ouvintes que escreviam para Pausa para meditação,produzido por Louzada para a Tamoio.

Obrigado, doutor!
Frase que encerrava o programa de mesmo nome, produzido por Paulo Roberto.

Quem sabe o mal que se esconde nos corações humanos. O  Sombra sabe (Risada cavernosa).
Marcava a entrada do famoso detetive em As aventuras do   Sombra.

Brasileiro não vive sem rádio.
Expressão criada pelo narrador esportivo  José Carlos Araújo, o verdadeiro Garotinho.

Você ouvinte é a nossa meta. È pensando em você que procuramos fazer o melhor.
Locutor  Waldir Amaral, abrindo e fechando a jornada esportiva pela Globo.

Alô, alô, Repórter Esso, alô.
Locutor do horário “chamando” a edição do famoso noticiário.

Amigo ouvinte, aqui fala o Repórter Esso, testemunha ocular da história.
Herón Domingues.

Ao se encontrarem os ponteiros na metade do dia, também os ouvintes da Rádio Nacional do Rio de Janeiro, do programa Luis Vassalo, tem um encontro com Francisco Alves, o Rei da voz.
Lúcia Helena, abrindo o programa ao meio-dia de todos os domingos.

Você não acredita no sobrenatural? Então ouça!
Incrível! Fantástico! Extraordinário!
Almirante anunciando seu programa.

Senhoras e senhoritas, o creme dental Colgate, criador dos mais belos sorrisos e Palmolive o sabonete embelezador da melhor qualidade que existe,  apresentam: o Rádioteatro Colgate-Palmolive.
Aurélio de Andrade.

Pela cultura dos que vivem em nossa terra. Pelo progresso do Brasil.
Roquette-Pinto inaugurando  a primeira estação de rádio do Brasil. 

O rádio pode ser tudo que sua imaginação quiser.
Comercial produzido pela  Agência WGGK nos anos 90,estimulando os empresários a anunciar no rádio.

Cem por cento  financiado pela Perfumaria Myrta Sociedade Anônima, ergue-se em qualquer ponto da cidade maravilhosa o edifício Balança... Balança... Balança...  Mas não cai!
Afrânio Rodrigues abrindo o programa.

Quanto mais negamos um crime, mais a consciência nos obriga a pensar nele.
Rodolfo Mayer e depois Domício Costa, que viviam o Inspetor Marques no Teatro de mistério de Hélio do Soveral.

Alô, alô Brasil. Esta é a PRE-8 Rádio Nacional do Rio de Janeiro, Brasil.
Celso Guimarães inaugurando a emissora em 12 de setembro de 1936.

Colegas de todo o Brasil! Ao Clube Juvenil Toddy, hip! Hurra!
Rodney Gomes na abertura do programa nos anos 50.

Primo, você é que é feliz!
Felicíssimo!
Paulo Gracindo e Brandão Filho encarnando o Primo Rico e do Primo Pobre no  Balança,mas não cai.

Aqui vai o meu  boa noite. O meu  boa noite para você.
Carlos Frias encerrando a famosa crônica diária pela Rádio Tupi.

Alô, alô, aviadores do Brasil. Aqui fala Jorge Veiga pela Nacional do Rio. Estações do interior dêem seus prefixos para guia de nossas aeronaves.
Cantor Jorge Veiga todas as vezes que iniciava um número musical.

Dizem que quando Deus criou o mundo deu alma a todas as coisas. As coisas não falam. Sentem. Se falassem, ouviríamos então a Alma das coisas.
Radioator abrindo o programa de Eurico Silva na Nacional.

Com talento na cabeça e com força no gogó, vocês vão ver quanto  vale, esta bandinha, atrevida, tão famosa e conhecida: a Lira de Xopotó!
Jararaca abrindo o programa de mesmo nome de Paulo Roberto.

Dediquei a maior e melhor parte de minha vida ao rádio. Eu amo o rádio! E como desejaria dizer coisas bonitas  e profundas sobre o rádio! Mas não sei como fazê-lo.
Renato Murce, um dos pioneiros do radioteatro em seu livro Bastidores do Rádio.

Façamos de cada lar um ginásio e de cada ginásio uma família de radioginastas.
Professor Oswaldo Diniz Magalhães, pioneiro da ginástica pelo rádio, encerrando o programa a Hora da Ginástica.

O Globo no ar !...
Locutor anunciando o noticiário mais antigo do rádio brasileiro pela Rádio Globo.

Quando o galo canta, o
Cacique Informa!
Décio Luiz anuncia o famoso noticiário da Rádio Tupi.

Bombril, a esponja mágica que torna fácil toda limpeza difícil apresenta pela Nacional:
Gente que brilha!
Reinaldo Costa e Lúcia Helena anunciam o programa de Paulo Roberto.

A PRA-9, Radio Mayrink Veiga, 1220 quilociclos, tem a honra de apresentar...O Programa Casé!!! O mais tradicional programa radiofônico do Brasil. E num oferecimento do sabonete Vale Quanto Pesa, vamos acompanhar o desenrolar de mais um caso policial verídico adaptado pelo brilhante Berlier Junior, na série que já é uma febre em todo o Brasil: Defensores da Lei.
Locutor abrindo um dos mais importantes programas do rádio brasileiro.

Alô! Alôôôôôô! Alô! Boa tarde!. Ouvintes de todo o Brasil, estamos iniciando, como todos os sábados no seu horário  habitual, mais uma audição do Programa César de Alencar. Seus prêmios, suas brincadeiras, suas atrações, seus patrocinadores, a colaboração sempre simpática e indispensável do auditório, sem a qual não poderíamos realizar nem metade do nosso programa. Que o de hoje seja do inteiro agrado de todos vocês são os nossos votos mais ardentes.
Cesar de Alencar abrindo o seu programa, nas tardes de sábado, por mais de duas décadas.

                                                     fim

Elenco de radioteatro no programa Bandeirantes do Ar, 1959.


Radioatores em ação! Rádio Tupi, 1960.

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